A guerra na Ucrânia representa uma das expressões mais cruéis da incapacidade humana de resolver conflitos sem recorrer à violência. Cada bomba lançada, cada cidade destruída e cada vida interrompida revelam a dimensão trágica de um conflito que jamais deveria ter acontecido. Não há justificativa moral, política ou histórica que possa apagar o sofrimento imposto a milhões de pessoas que viram suas casas, suas famílias e seus sonhos serem dilacerados.
É impossível permanecer indiferente diante das imagens de civis fugindo sob o som de sirenes, de crianças separadas de seus pais, de idosos que perderam tudo o que construíram ao longo de uma vida inteira. A guerra não é apenas um confronto entre exércitos; é uma ferida aberta na humanidade, um retrocesso civilizatório que expõe a brutalidade e a fragilidade das nossas instituições de paz.
Repudiar essa barbárie é um dever ético. É afirmar que a vida humana deve estar acima de ambições territoriais, disputas geopolíticas ou narrativas de poder. É exigir que o diálogo substitua a violência, que a diplomacia prevaleça sobre a destruição e que a dignidade humana seja o princípio inegociável de qualquer nação.
Enquanto a guerra continuar, o mundo inteiro fracassa um pouco mais. Que este conflito sirva, ao menos, como um lembrete doloroso de que a paz não é um estado natural: é uma construção diária, frágil e urgente, que exige coragem, empatia e responsabilidade coletiva.




































































